A crença de que seremos pessoas mais felizes quando alguma coisa muito especial acontecer, alcançarmos uma meta ou conquistarmos um bem material, está presente em todos os cantos do mundo. De alguma forma, aprendemos que em algum momento de nossas vidas vamos dar de cara com a tal da felicidade. E ela vai sorrir pra gente, com aquela alegria de um grande encontro! E então, vamos investindo nossas energias para um dia conseguirmos solidificar essa relação.
Quando nos damos conta de que o caminho talvez seja inverso, de que a felicidade pode ser o meio para as nossas realizações e o tão desejado sucesso, tudo muda e um mundo de possibilidades se abre. Não esperamos mais por aquele dia tão desejado, onde vamos nos sentir perfeitamente satisfeitos com quem somos e com o que conquistamos, mas começamos a fazer mais por nós, dia após dia. Deixamos de atrelar a nossa felicidade a certos acontecimentos. E percebemos que ela pode estar ali com a gente, aconteça o que acontecer.
Mas como chegar nesse ponto onde podemos confiar que o melhor virá, que tudo vai correr bem e que precisamos apenas fazer a nossa parte? Quando acreditamos no fluxo da vida, confiamos nos nossos passos e seguimos com eles. Viver bem nos pede saber quem somos, quais são os nossos reais anseios, o que podemos fazer por nós, trabalhar em cima disso e continuar, da forma mais simples. Nos indica cuidar de quem queremos ser e dos que temos, cultivar o colorido, o empolgante, o que nos faz bem.
É preciso treinar o nosso olhar para as maravilhas que a vida nos apresenta diariamente. E praticar mesmo, porque muitas vezes o nosso cérebro nos protege demais e prefere que nos mantenhamos repetindo sempre os mesmos trajetos, pois estaremos mais seguros e nada de muito diferente poderá nos acontecer. Por esse caminho, estaremos colocando tijolos e mais tijolos na nossa grande construção como seres humanos. E então, aquela grande amiga conhecida por felicidade, que desejávamos encontrar em algum lugar, quando menos percebermos, estará caminhando de mãos dadas com a gente. E entenderemos que ela sempre esteve ali, só precisávamos mudar as nossas lentes para reconhecê-la.
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Muito bom!