Administrando a falta de sentido
- Stela Celano
- 13 de mai.
- 2 min de leitura
Passamos a vida gerindo setores. Família, trabalho, amigos, encontros e por aí vai. Na maior parte do tempo a intenção vai pra fora, antes mesmo de nos estruturarmos por dentro. Estamos pensando em como resolver, em como fazer, em como alcançar e deixamos pra daqui a pouco a autorização para sermos quem desejamos, quem sonhamos ser apoiados na nossa maior verdade. Sendo assim, nos desconectamos da parte mais importante disso tudo: a nossa própria vida, em sua pureza maior. E então, tudo começa a perder o sentido, pois a nossa alma é sábia e conhece as nossas necessidades essenciais que não estão sendo supridas. Logo, a alegria começa a se esconder e o entusiasmo desaparece.
Cuidar da vida do jeito que deve ser é essencial, mas sem a gestão de nós mesmos e a intenção de nos alinharmos com nossos sentimentos mais reais e profundos, nos distanciamos do que nos impulsiona, do que abastece a nossa existência, o que faz com que tudo passe a ser indiferente. Olhamos para os lados e sentimos que não pertencemos mais ao lugar que sempre estivemos, nada mais nos atrai, poucas coisas se tornam especiais e começamos a adormecer a capacidade de sonhar.

Quando deixamos de alimentar o que nos encanta, quando esse impulso diminui de velocidade e estaciona, já passou da hora de nos organizarmos internamente. É momento de nos olharmos no espelho com respeito e amor e desenvolvermos uma compreensão mais aguçada sobre o nosso ser, descartando o que não nos serve mais. Novos caminhos encobertos começarão a clarear e o inatingível se tornará possível.
O mundo agora, com mais cor, nos ajudará a recuperar a graça da vida e começaremos a querer mais de nós. E nesse processo perceberemos que quanto mais conscientes estivermos e de mãos dadas com nós mesmos, mais estaremos prontos para cultivar os nossos desejos e imaginar o inimaginável. Entenderemos a importância de ajustarmos as nossas atitudes e iniciativas para concretizarmos os nossos sonhos, honrando que somos. As menores que sejam, por enquanto, as mais simples. Afinal, precisamos nos preparar, até, para sermos felizes.
Foto: pexels
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